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O caso de plágio no Enem aconteceu em Salvador/BA. Como amplamente divulgado pela imprensa, um aluno teria copiado a sinopse inteira de um livro na redação, que aparece no segundo dia de provas. O tema sobre o qual os alunos tinham de dissertar era educação para surdos - assunto difícil, como de costume no Enem, e que exige soluções criativas e muita reflexão para inclusão na educação daqueles que, hoje, ainda ficam de fora.

O plágio no exame nacional é a ponta de um iceberg maior e mais profundo do que sequer imaginamos. Nossos alunos não são treinados para a escrita original, para desenvolver ideias criativas, para pensar em soluções e para concatenar as propostas em frases e parágrafos que façam sentido e que convençam o leitor. Sem essa habilidade, considerada essencial para o século 21 pela maioria dos especialistas, muitos acabam se valendo da cópia de trechos ou de textos inteiros - como aconteceu, ilicitamente, em Salvador.

Por sorte, um dos corretores da prova plagiada tinha lido recentemente a obra copiada e provavelmente se recordava de trechos. Deve ter consultado a internet e chegou ao veredito: era uma cópia. É assim que a maioria dos professores no país ainda identifica trechos de plágio nos trabalhos dos alunos. Esforçam-se, muitas vezes inutilmente, para tentar trazer da memória trechos que possam ter sido copiados; buscam na internet partes do texto que estão exageradamente bem escritas, que destoam do restante do material ou que parecem ter sido traduzidas. Nesse esforço exaustivo, algumas vezes encontram a cópia, outras não.

Se o corretor não tivesse conhecimento da obra em questão, e sem tecnologia que ajude a identificar o plágio na correção do Enem, o aluno de Salvador teria passado com boa nota? O governo já usa tecnologia na correção das questões da prova - é a chamada TRI, que identifica o padrão do aluno e dá menos pontos para questões que foram “chutadas”, por exemplo. Assim, a nota no Enem nunca é proporcional ao número de acertos - e pode passar de mil pontos.