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Nas melhores universidades do mundo, integridade acadêmica é algo muito sério. Aquelas reconhecidas mundialmente, intensivas em pesquisa e com altos índices de internacionalização, têm políticas de ética ou código de conduta conhecidas amplamente pelos alunos de graduação, da pós e pelos pesquisadores. Todas utilizam software para checagem e aprimoramento do conteúdo produzido pelos alunos, mas também seguem um protocolo em caso de deslizes.

Na Caltech (EUA), por exemplo, que está entre as dez melhores universidades do mundo há anos, de acordo com rankings universitários globais – e chegou a ser classificada como pioneira global em 2012 pelo Times Higher Education - há um Código de Honra de boas práticas desde os anos 1920 (ou seja, antes mesmo de a USP ter sido criada no Brasil). Estudantes que violam, de alguma maneira, o que determina o documento na Caltech são julgados por dois órgãos: um deles composto por estudantes e, outro, por estudantes e docentes. O processo inclui investigação, audição e decisão.

A cada denúncia, a universidade decide se houve violação do Código de Honra, como a vantagem obtida pelo violador pode ser anulada e, mais, o que deve ser feito para que a Caltech seja protegida de futuros casos semelhantes. Ou seja: se um aluno foi acusado de plágio e se a cópia tiver sido confirmada, a universidade avalia como fazer para evitar casos semelhantes no futuro. É como se a instituição olhasse para ela mesma e se perguntasse: o que estamos fazendo de errado?

Na mesma Caltech, alunos da graduação e da pós-graduação passam por aulas presenciais e on-line sobre o Código de Honra da universidade. Quem, por exemplo, usa o trabalho de terceiros como seu, sem o devido reconhecimento, não pode dizer que não sabia. Os cursos sobre o Código de Honra, inclusive, têm certificação como outras disciplinas de cálculo ou língua inglesa.

Harvard (EUA), melhor universidade do mundo no Ranking ARWU feito na China, conta com um Código de Honra e com um Conselho de Honra que todos os alunos, pesquisadores e docentes devem conhecer. Se ficar comprovado um plágio - uma das formas mais comuns de má conduta acadêmica -, o autor do trabalho pode ser expulso da disciplina ou até afastado da universidade por meses ou anos. Tudo depende da gravidade do caso.

No Reino Unido, investigações de plágio são elevadas a níveis jurídicos. Na Universidade de Cambridge, também entre as melhores do mundo, cada faculdade é responsável por trabalhar com seus alunos o tema da integridade acadêmica. Há tutoriais e os estudantes assinam termos dizendo que entenderam do que se trata. Se detectado e comprovado um plágio, o professor faz a avaliação acadêmica do caso e a ação disciplinar cabe aos advogados da universidade. Em casos sérios, o aluno pode ser reprovado, ter redução de nota ou até ser expulso da universidade.

Todas as universidades citadas utilizam Turnitin como parte do processo de produção e avaliação dos trabalhos e pesquisas.

Em nossa região, o sistema de ensino do Equador tomou um passo importante para prevenir o problema: todas as universidades do país devem conferir as teses em um software antiplágio antes da publicação. A própria Secretaria de Educación Superior, Ciencia, Tecnología e Innovación utiliza Turnitin para tal tarefa. O mais interessante é que o Ministério da Educação do país também considerou importante que o sistema seja utilizado por alunos de Ensino Médio para que pratiquem a escrita original desde cedo e cheguem às universidades preparados para pesquisar, escrever e citar corretamente.

No Brasil, as maiores universidades brasileiras, como USP, Unicamp, Unifesp e UFABC estão começando a desenhar suas políticas de integridade acadêmica que, primeiro, vão definir o que se entende por má conduta, quais serão as ações de educação para disseminar boas práticas na universidade e, em caso de denúncia, como serão as investigações e as punições. Então, a ideia é que exista uma regra clara sobre o que fazer com alunos que, por exemplo, tenham copiado trechos inteiros do trabalho de um colega como se fossem de sua própria autoria.

Sem ter normas claras de prevenção, investigação e punição de má conduta acadêmica, o Ensino Superior do país corre o risco de seguir produzindo conteúdo sem relevância e passar batido por trabalhos copiados por estudantes ou, até, de punir exageradamente um caso de má conduta que tenha sido denunciado. As instituições brasileiras certamente não querem nenhum desses dois extremos. É preciso falar abertamente sobre má conduta por aqui, a exemplo do que se faz nas melhores universidades globais, para, enfim, chegarmos a um equilíbrio.