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Está cada vez mais difícil acompanhar a profusão de artigos científicos relacionados à Educação a Distância (EaD) durante e no pós-pandemia. Aumentou muito a quantidade de pessoas que se sentiram compelidas a relatar suas experiências, pesquisas e reflexões sobre as metodologias didático-pedagógicas intensivas em tecnologia – às vezes com nomenclaturas diferentes, tais como, ensino remoto. 

É preciso considerar que, num piscar de olhos, a totalidade das escolas e instituições de ensino superior pelo mundo afora passou a experimentar as dores e as delícias da EaD, na ampla maioria sem nenhum planejamento, com recursos inadequados e sem a capacitação prévia necessária de professores, alunos e equipes técnico-administrativas. 

Pessoalmente, sempre analiso os artigos publicados na perspectiva do alinhamento entre a teoria e a prática. Geralmente, os autores mais profícuos na escrita não eram os que estavam na linha de frente da gestão e nem no cotidiano das salas de aula que demandam maior dedicação, como é o caso nas escolas públicas brasileiras. 

O mais comum na literatura sobre a EaD era que microexperiências com turmas de pós-graduação stricto sensu ou com poucos alunos ocupassem com maior frequência os espaços nas revistas científicas. 

Portanto, é excitante ver aumentar o número dos docentes e pesquisadores que passam a publicar, especialmente aqueles que atuam na Educação Básica, pois o joio e o trigo se misturam na ciência até que prevaleçam novos paradigmas que são aceitos pela comunidade científica por um determinado tempo. E quem melhor do que os professores e gestores escolares para fazerem as boas perguntas e buscarem as melhores respostas possíveis diante do cenário desafiador que se confrontam diariamente? 

A presença constante e pervasiva das telas em nossas vidas - telefone celular, computador de mesa, notebook, tablet, etc. - levou alguns autores internacionais a proporem o termo u-learning*, abreviatura de ubiquitous learning, um nome sofisticado para demonstrar que hoje em dia é possível aprender em qualquer lugar e a qualquer tempo. 

Ubiquidade é um conceito que antes estava mais restrito ao campo religioso ou espiritual. É um atributo da transcendência, que abarca a onipresença, a capacidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo e a tudo ser capaz de observar. Para alguns essas características podem soar como algo já assimilado como parte do DNA do Google ou dos sistemas IOS e Android. Mas, anteriormente, somente Deus era capaz de tanta presença simultânea a nível mundial. 

Contudo, mesmo considerando o que caracteriza o u-learning, a aprendizagem não é completa sem avaliação. 

A avaliação deve servir para melhorar a aprendizagem e não ser concebida como mecanismo meramente disciplinar, ou mesmo assumir a lógica de uma necrópsia – quando se entende as causas da morte, mas não há mais o que se fazer pela restauração da vida. 

O caminho para uma boa avaliação no u-learning recomenda que sejam realizados diagnósticos iniciais para conhecer o que os estudantes já sabem, como preferem aprender e o que mais lhes interessa aprender. A partir daí, adotar a avaliação dialógica, de caráter formativo, que transcorra ao longo de todo o tempo estabelecido para o ensino e a aprendizagem. Os resultados somativos ao final tornam-se então espelhos de uma realidade democrática, engajadora e capaz de ampliar o interesse dos discentes por continuar a aprender.

Avaliar os alunos é sempre um desafio, independentemente de quaisquer circunstâncias. Os princípios a serem utilizados incluem a flexibilidade, a confiança, a justiça e a validade científica inerente às metodologias adotadas, que sejam capazes de auferir os resultados. 

O resultado da aprendizagem reflete o que os educadores queriam que os alunos soubessem e realizassem para demonstrar o que precisavam saber ou dominar. 

Em outras palavras, a avaliação deve medir a prontidão para o futuro. Será confiável se um resultado for consistente, independentemente de quem são os avaliadores. Isso talvez possa ser obtido a partir dos padrões estabelecidos em todos os aspectos da avaliação, incluindo a administração, a estrutura do teste e as rubricas usadas. 

Na pandemia foi observada uma crise das telas fechadas, quando aulas expositivas, que já são pouco eficientes no ensino presencial, demonstraram o quanto podem ser abomináveis quando transpostas para uma lógica de transmissão online. E a pergunta que passou a incomodar todos os educadores é se a avaliação ainda seria confiável? 

Pior ainda, foi quando ao retornar para as atividades presenciais alguns acreditarem que tudo voltaria a ser como antes e que nada precisava ser alterado. O que demonstra incapacidade de compreender como tem mudado o perfil dos aprendentes, fenômeno que se acelerou e se aprofundou com a pandemia. 

O insucesso dos alunos numa avaliação indicaria o não atingimento do padrão estabelecido pelo resultado de aprendizagem. Algo que seria desumano se aplicado rigorosamente diante da situação inimaginável que significou o isolamento massivo social por quase dois anos. No entanto, o objetivo final da educação não é sobre os resultados da aprendizagem, em vez disso, é preparar os alunos para o futuro.

Como você projeta uma avaliação para o futuro? Não deveria estar refletindo o quê e como os alunos devem se apresentar no futuro?

Assim, ao refletir o desempenho dos alunos no futuro, a avaliação não pode focar na memorização ou recordação das respostas corretas. Ao concluir seus estudos, os estudantes terão de obter, organizar e desenhar soluções com base nos recursos disponíveis. Precisarão ir além do que têm em suas memórias.

Portanto, o futuro da avaliação deve permitir que os alunos sejam engenhosos na obtenção de informações precisas, a partir dos recursos disponíveis e aplicadas no contexto atual. 

Na verdade, quando as aulas e avaliações são realizadas online, nossos estudantes estão realmente manipulando o sistema e avaliando materiais de vários recursos. Portanto, é justo que criemos um sistema de avaliação que permite aos alunos acessar os recursos em vez de testar sua memória.

Para garantir maior segurança e ampliar a confiança da avaliação, os docentes precisam contar com recursos tecnológicos que colaborem para evitar que multiplicidade de fontes disponíveis para o famoso copia-e-cola gere trabalhos que não oportunizaram a aprendizagem. Trata-se, portanto, de uma reinvenção para o alinhamento com a Sociedade da Informação, quando é preciso redefinir o que ensinar, o como ensinar e o como avaliar. 


* YAHAYA, M. F. U-learning: rethinking assessment for 21st-century learners. In WONORAHARDJO, S.; KARMINA, S.; HABIDDIN. Improving assessment and evaluation strategies on online learning. The Netherlands: Routledge – Taylor & Francis Group, 2022.   


Acompanhe mais sobre o assunto neste webinar realizado em novembro:

Assista ao webinar sobre as estratégias e perspectivas futuras para avaliação e acompanhe o debate com os educadores Luciano Sathler e Marcos Kutova (PUC Minas Virtual)